No grande debate sobre vacinas, a raiz dos argumentos de muitos anti-voxers é um pequeno estudo desatualizado (e desde prejudicado) de 1998 que sugeriu que a vacina contra sarampo-caxumba-rubéola (MMR) causou transtorno do espectro autista (TEA) em crianças. E enquanto revistas médicas e profissionais também tentaram mostrar que este estudo era falso e completamente incapaz de provar uma conexão de causa e efeito entre vacinas e autismo, os pais em todos os lugares ainda estão resistindo às vacinas por esse medo infundado.

Mas agora, um novo estudo confirma que a associação entre a vacina MMR e o autismo é apenas um mito muito destrutivo.



Para o estudo, publicado na edição de 21 de abril do JAMA, Anjali Jain, MD, e seus colegas analisaram uma amostra de mais de 95.000 crianças que tinham irmãos mais velhos, com ou sem ASD. (O estudo fraudulento de 1998 teve um tamanho de amostra de apenas 12). A análise das informações de saúde de 95.727 indivíduos revelou que 994 foram diagnosticados com TEA durante o acompanhamento - isto é, 1, 04% dos indivíduos. Das crianças que tiveram um irmão mais velho com ASD, 6, 9% foram diagnosticadas; 0, 9% que não tiveram um irmão mais velho com ASD acabaram sendo diagnosticados.

Das crianças cujos irmãos não tinham ASD, 84% receberam a vacina MMR aos 2 anos, e 92% a receberam aos 5 anos de idade. As crianças cujos irmãos mais velhos tinham ASD foram vacinadas em uma taxa menor: 73% aos 2 anos e apenas 86% por idade 5. De acordo com informações de base, os pais com uma criança autista são mais propensos a pular a vacinação de seus filhos mais jovens, por medo de que tanto o maior risco genético eo risco assumido de vacina certamente irá causar ASD.



Quando tudo foi dito e feito, os pesquisadores descobriram que a taxa de vacinação não estava associada a um risco aumentado de TEA, em qualquer idade. Os autores explicaram:

Em inglês: Irmãos de crianças com ASD estão sendo vacinados em taxas mais baixas, sem motivo legítimo. Quanto mais crianças não são vacinadas, mais provavelmente teremos crises de saúde pública, como o surto de sarampo este ano, o que poderia ser completamente evitado se todos seguissem os esquemas de vacinação recomendados por estudos científicos e profissionais da área médica. Só podemos esperar que, à medida que mais desses estudos chegarem à consciência pública, os pais vacinem seus filhos para mantê-los - e uns aos outros - em segurança.

VACINAS CAUSAM AUTISMO? Aula 14 do Curso de Autismo c/ Certificado (Pode 2024).